domingo, 30 de junho de 2013

Um Engano Chamado "Teologia Inclusiva" ou "Teologia Gay"



O padrão de Deus para o exercício da sexualidade humana é o relacionamento entre um homem e uma mulher no ambiente do casamento. Nesta área, a Bíblia só deixa duas opções para os cristãos: casamento heterossexual e monogâmico ou uma vida celibatária. À luz das Escrituras, relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são vistas não como opção ou alternativa, mas sim como abominação, pecado e erro, sendo tratada como prática contrária à natureza. Contudo, neste tempo em que vivemos, cresce na sociedade em geral, e em setores religiosos, uma valorização da homossexualidade como comportamento não apenas aceitável, mas supostamente compatível com a vida cristã. Diferentes abordagens teológicas têm sido propostas no sentido de se admitir que homossexuais masculinos e femininos possam ser aceitos como parte da Igreja e expressar livremente sua homoafetividade no ambiente cristão.

Existem muitas passagens na Bíblia que se referem ao relacionamento sexual padrão, normal, aceitável e ordenado por Deus, que é o casamento monogâmico heterossexual. Desde o Gênesis, passando pela lei e pela trajetória do povo hebreu, até os evangelhos e as epístolas do Novo Testamento, a tradição bíblica aponta no sentido de que Deus criou homem e mulher com papéis sexuais definidos e complementares do ponto de vista moral, psicológico e físico. Assim, é evidente que não é possível justificar o relacionamento homossexual a partir das Escrituras, e muito menos dar à Bíblia qualquer significado que minimize ou neutralize sua caracterização como ato pecaminoso. Em nenhum momento, a Palavra de Deus justifica ou legitima um estilo homossexual de vida, como os defensores da chamada “teologia inclusiva” têm tentado fazer. Seus argumentos têm pouca ou nenhuma sustentação exegética, teológica ou hermenêutica.

A “teologia inclusiva” é uma abordagem segundo a qual, se Deus é amor, aprovaria todas as relações humanas, sejam quais forem, desde que haja este sentimento. Essa linha de pensamento tem propiciado o surgimento de igrejas onde homossexuais, nesta condição, são admitidos como membros e a eles é ensinado que o comportamento gay não é fator impeditivo à vida cristã e à salvação. Assim, desde que haja amor genuíno entre dois homens ou duas mulheres, isso validaria seu comportamento, à luz das Escrituras. A falácia desse pensamento é que a mesma Bíblia que nos ensina que Deus é amor igualmente diz que ele é santo e que sua vontade quanto à sexualidade humana é que ela seja expressa dentro do casamento heterossexual, sendo proibidas as relações homossexuais.

Em segundo lugar, a “teologia inclusiva” defende que as condenações encontradas no Antigo Testamento, especialmente no livro de Levítico, se referem somente às relações sexuais praticadas em conexão com os cultos idolátricos e pagãos, como era o caso dos praticados pelas nações ao redor de Israel. Além disso, tais proibições se encontram ao lado de outras regras contra comer sangue ou carne de porco, que já seriam ultrapassadas e, portanto, sem validade para os cristãos. Defendem ainda que a prova de que as proibições das práticas homossexuais eram culturais e cerimoniais é que elas eram punidas com a morte – coisa que não se admite a partir da época do Novo Testamento. 

É fato que as relações homossexuais aconteciam inclusive – mas não exclusivamente – nos cultos pagãos dos cananeus. Contudo, fica evidente que a condenação da prática homossexual transcende os limites culturais e cerimoniais, pois é repetida claramente no Novo Testamento. Ela faz parte da lei moral de Deus, válida em todas as épocas e para todas as culturas. A morte de Cristo aboliu as leis cerimoniais, como a proibição de se comer determinados alimentos, mas não a lei moral, onde encontramos a vontade eterna do Criador para a sexualidade humana. Quando ao apedrejamento, basta dizer que outros pecados punidos com a morte no Antigo Testamento continuam sendo tratados como pecado no Novo, mesmo que a condenação capital para eles tenha sido abolida – como, por exemplo, o adultério e a desobediência contumaz aos pais.

PECADO E DESTRUIÇÃO
Os teólogos inclusivos gostam de dizer que Jesus Cristo nunca falou contra o homossexualismo. Em compensação, falou bastante contra a hipocrisia, o adultério, a incredulidade, a avareza e outros pecados tolerados pelos cristãos. Este é o terceiro ponto: sabe-se, todavia, que a razão pela qual Jesus não falou sobre homossexualidade é que ela não representava um problema na sociedade judaica de sua época, que já tinha como padrão o comportamento heterossexual. Não podemos dizer que não havia judeus que eram homossexuais na época de Jesus, mas é seguro afirmar que não assumiam publicamente esta conduta. Portanto, o homossexualismo não era uma realidade social na Palestina na época de Jesus. Todavia, quando a Igreja entrou em contato com o mundo gentílico – sobretudo as culturas grega e romana, onde as práticas homossexuais eram toleradas, embora não totalmente aceitas –, os autores bíblicos, como Paulo, incluíram as mesmas nas listas de pecados contra Deus. Para os cristãos, Paulo e demais autores bíblicos escreveram debaixo da inspiração do Espírito Santo enviado por Jesus Cristo. Portanto, suas palavras são igualmente determinantes para a conduta da Igreja nos dias de hoje.

O quarto ponto equivocado da abordagem que tenta fazer do comportamento gay algo normal e aceitável no âmbito do Cristianismo é a suposição de que o pecado de Sodoma e Gomorra não foi o homossexualismo, mas a falta de hospitalidade para com os hóspedes de Ló. A base dos teólogos inclusivos para esta afirmação é que no original hebraico se diz que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (Gênesis 19.5) e não abusar sexualmente deles, como é traduzido em várias versões, como na Almeida atualizada. Outras versões como a Nova versão internacional e a Nova tradução na linguagem de hojeentendem que conhecer ali é conhecer sexualmente e dizem que os concidadãos de Ló queriam “ter relações” com os visitantes, enquanto a SBP é ainda mais clara: “Queremos dormir com eles”. Usando-se a regra de interpretação simples de analisar palavras em seus contextos, percebe-se que o termo hebraico usado para dizer que os homens de Sodoma queriam “conhecer” os hóspedes de Ló (yadah) é o mesmo termo que Ló usa para dizer que suas filhas, que ele oferecia como alternativa à tara daqueles homens, eram virgens: “Elas nunca conheceram (yadah) homem”, diz o versículo 8. Assim, fica evidente que “conhecer”, no contexto da passagem de Gênesis, significa ter relações sexuais. Foi esta a interpretação de Filo, autor judeu do século 1º, em sua obra sobre a vida de Abraão: segundo ele, "os homens de Sodoma se acostumaram gradativamente a ser tratados como mulheres."

Ainda sobre o pecado cometido naquelas cidades bíblicas, que acabaria acarretando sua destruição, a “teologia inclusiva” defende que o profeta Ezequiel claramente diz que o erro daquela gente foi a soberba e a falta de amparo ao pobre e ao necessitado (Ez 16.49). Contudo, muito antes de Ezequiel, o “sodomita” era colocado ao lado da prostituta na lei de Moisés: o rendimento de ambos, fruto de sua imoralidade sexual, não deveria ser recebido como oferta a Deus, conforme Deuteronômio 23.18. Além do mais, quando lemos a declaração do profeta em contexto, percebemos que a soberba e a falta de caridade era apenas um entre os muitos pecados dos sodomitas. Ezequiel menciona as “abominações” dos sodomitas, as quais foram a causa final da sua destruição: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali” (Ez 16.49-50). Da mesma forma, Pedro, em sua segunda epístolas, refere-se às práticas pecaminosas dos moradores de Sodoma e Gomorra tratando-as como “procedimento libertino”.

Um quinto argumento é que haveria alguns casos de amor homossexual na Bíblia, a começar pelo rei Davi, para quem o amor de seu amigo Jônatas era excepcional, “ultrapassando o das mulheres” (II Samuel 1.26). Contudo, qualquer leitor da Bíblia sabe que o maior problema pessoal de Davi era a falta de domínio próprio quanto à sua atração por mulheres. Foi isso que o levou a casar com várias delas e, finalmente, a adulterar com Bate-Seba, a mulher de Urias. Seu amor por Jônatas era aquela amizade intensa que pode existir entre duas pessoas do mesmo sexo e sem qualquer conotação erótica. Alguns defensores da “teologia inclusiva” chegam a categorizar o relacionamento entre Jesus e João como homoafetivo, pois este, sendo o discípulo amado do Filho de Deus, numa ocasião reclinou a sua cabeça no peito do Mestre (João 13.25). Acontece que tal atitude, na cultura oriental, era uma demonstração de amizade varonil – contudo, acaba sendo interpretada como suposta evidência de um relacionamento homoafetivo. Quem pensa assim não consegue enxergar amizade pura e simples entre pessoas do mesmo sexo sem lhe atribuir uma conotação sexual.

“TORPEZA”
Há uma sexta tentativa de reinterpretar passagens bíblicas com objetivo de legitimar a homossexualidade. Os propagadores da “teologia gay” dizem que, no texto de Romanos 1.24-27, o apóstolo Paulo estaria apenas repetindo a proibição de Levítico à prática homossexual na forma da prostituição cultual, tanto de homens como de mulheres – proibição esta que não se aplicaria fora do contexto do culto idolátrico e pagão. Todavia, basta que se leia a passagem para ficar claro o que Paulo estava condenando. O apóstolo quis dizer exatamente o que o texto diz: que homens e mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza, e que se inflamaram mutuamente em sua sensualidade – homens com homens e mulheres com mulheres –, “cometendo torpeza” e “recebendo a merecida punição por seus erros”. E ao se referir ao lesbianismo como pecado, Paulo deixa claro que não está tratando apenas da pederastia, como alguns alegam, visto que a mesma só pode acontecer entre homens, mas a todas as relações homossexuais, quer entre homens ou mulheres.

É alegado também que, em I Coríntios 6.9, os citados efeminados e sodomitas não seriam homossexuais, mas pessoas de caráter moral fraco (malakoi, pessoa “macia” ou “suave”) e que praticam a imoralidade em geral (arsenokoites, palavra que teria sido inventada por Paulo). Todavia, se este é o sentido, o que significa as referências a impuros e adúlteros, que aparecem na mesma lista? Por que o apóstolo repetiria estes conceitos? Na verdade, efeminado se refere ao que toma a posição passiva no ato homossexual – este é o sentido que a palavra tem na literatura grega da época, em autores como Homero, Filo e Josefo – e sodomita é a referência ao homem que deseja ter coito com outro homem.

Há ainda uma sétima justificativa apresentada por aqueles que acham que a homossexualidade é compatível com a fé cristã. Segundo eles, muitas igrejas cristãs históricas, hoje, já aceitam a prática homossexual como normal – tanto que homossexuais praticantes, homens e mulheres, têm sido aceitos não somente como membros mas também como pastores e pastoras. Essas igrejas, igualmente, defendem e aceitam a união civil e o casamento entre pessoa do mesmo sexo. É o caso, por exemplo, da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos – que nada tem a ver com a Igreja Presbiteriana do Brasil –, da Igreja Episcopal no Canadá e de igrejas em nações européias como Suécia, Noruega e Dinamarca, entre outras confissões. Na maioria dos casos, a aceitação da homossexualidade provocou divisões nestas igrejas, e é preciso observar, também, que só aconteceu depois de um longo processo de rejeição da inspiração, infalibilidade e autoridade da Bíblia. Via de regra, essas denominações adotaram o método histórico-crítico – que, por definição, admite que as Sagradas Escrituras são condicionadas culturalmente e que refletem os erros e os preconceitos da época de seus autores. Desta forma, a aceitação da prática homossexual foi apenas um passo lógico. Outros ainda virão. Todavia, cristãos que recebem a Bíblia como a infalível e inerrante Palavra de Deus não podem aceitar a prática homossexual, a não ser como uma daquelas relações sexuais consideradas como pecaminosas pelo Senhor, como o adultério, a prostituição e a fornicação.

Contudo, é um erro pensar que a Bíblia encara a prática homossexual como sendo o pecado mais grave de todos. Na verdade, existe um pecado para o qual não há perdão, mas com certeza não se trata da prática homossexual: é a blasfêmia contra o Espírito Santo, que consiste em atribuir a Satanás o poder pelo qual Jesus Cristo realizou os seus milagres e prodígios aqui neste mundo, mencionado em Marcos 3.22-30. Consequentemente, não está correto usar a Bíblia como base para tratar homossexuais como sendo os piores pecadores dentre todos, que estariam além da possibilidade de salvação e que, portanto, seriam merecedores de ódio e desprezo. É lamentável e triste que isso tenha acontecido no passado e esteja se repetindo no presente. A mensagem da Bíblia é esta: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”, conforme Romanos 3.23. Todos nós precisamos nos arrepender de nossos pecados e nos submetermos a Jesus Cristo, o Salvador, pela fé, para recebermos o perdão e a vida eterna.

Lembremos ainda que os autores bíblicos sempre tratam da prática homossexual juntamente com outros pecados. O 20º capítulo de Levítico proíbe não somente as relações entre pessoas do mesmo sexo, como também o adultério, o incesto e a bestialidade. Os sodomitas e efeminados aparecem ao lado dos adúlteros, impuros, ladrões, avarentos e maldizentes, quando o apóstolo Paulo lista aqueles que não herdarão o Reino de Deus (I Coríntios 6.9-10). Porém, da mesma forma que havia nas igrejas cristãs adúlteros e prostitutas que haviam se arrependido e mudado de vida, mediante a fé em Jesus Cristo, havia também efeminados e sodomitas na lista daqueles que foram perdoados e transformados.

COMPAIXÃO
É fundamental, aqui, fazer uma importante distinção. O que a Bíblia condena é a prática homossexual, e não a tentação a esta prática. Não é pecado ser tentado ao homossexualismo, da mesma forma que não é pecado ser tentado ao adultério ou ao roubo, desde que se resista. As pessoas que sentem atração por outras do mesmo sexo devem lembrar que tal desejo é resultado da desordem moral que entrou na humanidade com a queda de Adão e que, em Cristo Jesus, o segundo Adão, podem receber graça e poder para resistir e vencer, sendo justificados diante de Deus.

Existem várias causas identificadas comumente para a atração por pessoas do mesmo sexo, como o abuso sexual sofrido na infância. Muitos gays provêm de famílias disfuncionais ou tiveram experiências negativas com pessoas do sexo oposto.  Há aqueles, também, que agem deliberadamente por promiscuidade e têm desejo de chocar os outros. Um outro fator a se levar em conta são as tendências genéticas à homossexualidade, cuja existência não está comprovada até agora e tem sido objeto de intensa polêmica. Todavia, do ponto de vista bíblico, o homossexualismo é o resultado do abandono da glória de Deus, da idolatria e da incredulidade por parte da raça humana, conforme Romanos 1.18-32. Portanto, não é possível para quem crê na Bíblia justificar as práticas homossexuais sob a alegação de compulsão incontrolável e inevitável, muito embora os que sofrem com esse tipo de impulso devam ser objeto de compaixão e ajuda da Igreja cristã.

É preciso também repudiar toda manifestação de ódio contra homossexuais, da mesma forma com que o fazemos em relação a qualquer pessoa. Isso jamais nos deveria impedir, todavia, de declarar com sinceridade e respeito nossa convicção bíblica de que a prática homossexual é pecaminosa e que não podemos concordar com ela, nem com leis que a legitimam. Diante da existência de dispositivos legais que permitem que uma pessoa deixe ou transfira seus bens a quem ele queira, ainda em vida, não há necessidade de leis legitimando a união civil de pessoas de mesmo sexo – basta a simples manifestação de vontade, registrada em cartório civil, na forma de testamento ou acordo entre as partes envolvidas. O reconhecimento dos direitos da união homoafetiva valida a prática homossexual e abre a porta para o reconhecimento de um novo conceito de família. No Brasil, o reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo para fins de herança e outros benefícios aconteceu ao arrepio do que diz a Constituição: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento” (Art. 226, § 3º).

Cristãos que recebem a Bíblia como a palavra de Deus não podem ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que seria a validação daquilo que as Escrituras, claramente, tratam como pecado. O casamento está no âmbito da autoridade do Estado e os cristãos são orientados pela Palavra de Deus a se submeter às autoridades constituídas; contudo, a mesma Bíblia nos ensina que nossa consciência está submissa, em última instância, à lei de Deus e não às leis humanas – “Importa antes obedecer a Deus que os homens” (Atos 5.29). Se o Estado legitimar aquilo que Deus considera ilegítimo, e vier a obrigar os cristãos a irem contra a sua consciência, eles devem estar prontos a viver, de maneira respeitosa e pacífica em oposição sincera e honesta, qualquer que seja o preço a ser pago.

[Artigo publicado na revista Cristianismo Hoje]

sábado, 29 de junho de 2013

Logosofia: que religião é essa?

O que é a logosofia?
Trata-se de uma seita metafísica. A logosofia (sabedoria da razão, em grego) foi fundada por Gonzáles Pecotche, em 1930, na Argentina. A Fundação Logosófica do Brasil passou a existir em 1935, em Belo Horizonte, MG, de onde se propagou para os demais países da América Latina. Essa seita propõe um método de “reativação consciente do indivíduo”, tentando fazer que este se torne o senhor de seus pensamentos e sentimentos e viva em calma a sua plena auto-realização. É uma doutrina contrária à fé, mas não deixa de afirmar a existência de Deus.
Em suma, é um sistema de técnicas psicológicas que visa a morigeração (bons costumes) da pessoa por seus próprios esforços. O relacionamento com Deus é vago. Embora Ele seja reconhecido como “Criador” e “Fonte de sabedoria”, não há referência à oração nem à religiosidade nos escritos logosóficos, que se silenciam a respeito da vida além-túmulo. A logosofia, como se vê nos escritos de Pecotche, é auto-soteriológica (salvação pelas obras), contrariando os ensinos das Sagradas Escrituras (Ef 2.5,7; 2Tm 1.9; Rm 3.24,27, 4.1-5, 11.6 1Co 15.10; Tt 3.5).
Fonte: Revista Defesa da Fé

São bíblicas as crenças e práticas católicas?

A questão que diz respeito a qualquer igreja e suas práticas deve ser: “São bíblicas?” Se um ensinamento for bíblico (tomado em seu contexto), deverá ser abraçado. Se não for, deverá ser rejeitado. Deus está mais interessado em se uma igreja está fazendo Sua vontade e obedecendo Sua Palavra do que se ela pode traçar uma linha de sucessão que retroceda aos apóstolos de Jesus. Jesus estava muito preocupado com o abandono da Palavra de Deus para seguir as tradições humanas (Marcos 7:7). As tradições não são por natureza inválidas… há algumas tradições boas e de valor. Mais uma vez, a questão deve ser se uma doutrina, prática ou tradição é bíblica. Então, como a Igreja Católica Romana se compara com os ensinamentos da Palavra de Deus?
Salvação: A Igreja Católica Romana ensina que a salvação é pela regeneração batismal e é mantida através dos sacramentos católicos, a não ser que um ato voluntário de pecado seja cometido, ato que quebre o estado de graça santificadora. A Bíblia ensina que nós somos salvos pela graça que é recebida através da simples fé (Efésios 2:8-9), e que boas obras são o resultado de uma transformação que o coração elaborou na salvação (Efésios 2:10; II Coríntios 5:17) e o fruto desta nova vida em Cristo (João 15).
Garantia da salvação: A Igreja Católica Romana ensina que a salvação não pode ser garantida ou assegurada. I João 5:13 declara que a carta de I João foi escrita com o propósito de assegurar aos crentes da CERTEZA de sua salvação.
Boas Obras: A Igreja Católica Romana diz que os cristãos são salvos por obras exemplares (começando pelo batismo) e que a salvação é mantida pelas boas obras (recebendo os sacramentos, a confissão de pecados a um padre, etc.). A Bíblia declara que os cristãos são salvos pela graça através da fé, algo totalmente separado das obras (Tito 3:5; Efésios 2:8-9; Gálatas 3:10-11; Romanos 3:19-24).
Batismo: No Novo Testamento o batismo é SEMPRE praticado APÓS a fé salvadora em Cristo. O batismo não é o meio para a salvação; é a fé no Evangelho que salva (I Coríntios 1:14-18; Romanos 10:13-17). A Igreja Católica Romana ensina a regeneração batismal dos bebês, uma prática jamais encontrada na Escritura. A única indicação possível do batismo de bebês na Bíblia que a Igreja Católica Romana pode apontar é que toda a família do carcereiro foi batizada em Atos 16:33. Contudo, o contexto, em lugar algum, menciona bebês. Atos 16:31 declara que a salvação é pela fé. Paulo falou a todos da casa no verso 32, e todos na casa creram (verso 34). Esta passagem apenas dá apoio ao batismo daqueles que já creram, não de bebês.
Oração: A igreja Católica Romana ensina que os católicos não orem somente a Deus, mas que também façam petições a Maria e aos santos por suas orações. Contrariamente a isto, as Escrituras nos ensinam a orar somente a Deus (Mateus 6:9; Lucas 18:1-7).
Sacerdócio: A Igreja Católica Romana ensina que há distinção entre o clérigo e as “pessoas comuns”, enquanto o Novo Testamento ensina o sacerdócio de todos os crentes (I Pedro 2:9).
Sacramentos: A Igreja Católica Romana ensina que um crente recebe a graça ao receber os sacramentos. Tal ensinamento não é encontrado, em parte alguma, nas Escrituras.
Confissão: A Igreja Católica Romana ensina que a não ser que um crente seja impedido, a única maneira de receber perdão de pecados é confessando os pecados a um padre. Contrariamente a isto, as escrituras ensinam que a confissão de pecados deve ser feita a Deus (I João 1:9).
Maria: A Igreja Católica Romana ensina, entre outras coisas, que Maria é a Rainha dos Céus, a virgem perpétua e co-redentora, que ascendeu aos céus. Nas Escrituras, ela é retratada como uma obediente e confiante serva de Deus, que se tornou a mãe de Jesus. Nenhum dos outros atributos mencionados pela Igreja Católica Romana tem qualquer base na Bíblia. A idéia de que Maria foi co-redentora e outra mediadora entre Deus e o homem não está apenas fora da Bíblia (encontrada fora das Escrituras), mas é também não-bíblica (contrária às Escrituras). Atos 4:12 declara que Jesus é o único redentor. I Timóteo 2:5 proclama que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados. Apenas estes casos claramente identificam a Igreja Católica como sendo não-bíblica. Toda denominação cristã tem tradições e práticas que não estão explicitamente baseadas nas Escrituras. É por isto que as Escrituras devem ser o padrão da fé e prática cristãs. A Palavra de Deus é sempre verdadeira e de confiança. O mesmo não pode ser dito da tradição da igreja. Nosso guia deve ser: “O que dizem as Escrituras?” (Romanos 4:3; Gálatas 4:30; Atos 17:10). II Timóteo 3:16-17 declara: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”
Extraído do site gotquestions.org em 27/06/2013

O Evangelho de Judas: Mais Uma Investida do Inimigo

As investidas dos inimigos da cruz surgem por todos os lados. Nos primeiros séculos da era cristã, os gnósticos foram uma ameaça à igreja primitiva. Uma mistura de ensinos cristãos, filosofias pagãs e tradições judaicas motivou Paulo a escrever a epístola aos colossenses, onde ressalta:
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2.8). O motivo de sua preocupação era “para que ninguém vos engane com palavras persuasivas”.
A Igreja tem sofrido ataques internos e externos. Os ataques intramuros decorrem das aberrações doutrinárias produzidas por alguns grupos. As ofensivas externas vêm dos inimigos da cruz, dos anticristos, de há muito revelados e desmascarados: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho” (1 Jo 2.18,22).
Está sendo amplamente divulgado pela mídia o “Evangelho de Judas”. Diz a notícia que a única cópia desse evangelho ficou desaparecida por 1.700 anos. O manuscrito contém 26 páginas (alguns dizem que são mais de 50 páginas) em papiro, escrito em dialeto egípcio copta. O documento seria cópia de uma versão do século III ou IV, redigida em grego.
A novidade é que o texto indica que a traição de Judas Iscariotes teria sido a pedido do próprio Jesus, que lhe teria dito: “Tu superarás todos eles. Tu sacrificarás o homem que me cobriu”. Ou seja: O traidor ajudaria Jesus a libertar-se do seu invólucro carnal (Jornal O Povo, Fortaleza, (CE), 08.04.06, p.28). Foi assunto de capa da revista ÉPOCA. Edição 405, 20.02.06. O manuscrito ainda está em processo de tradução. A nossa análise abrange apenas o que foi divulgado.
Ateus e anticristos de um modo geral estão dançando de alegria. Há dois mil anos tentam dar um xeque-mate na Igreja. Ainda não conseguiram. Nem conseguirão. Os cristãos seguem cada vez mais confiantes.
A notícia não o diz qual dos personagens da Bíblia com o nome “Judas” é o autor do dito Evangelho: Judas (apóstolo – Lc 6.16; Jo 14.22); Judas (Barsabás – At 15.22); Judas (de Damasco – At 9.11); Judas (irmão de Jesus – Mt 13.55; Mc 6.3). O manuscrito ainda está em processo de tradução. Sabe-se que referido evangelho foi classificado de herético pelo bispo Irineu, de Lyon, no segundo século.
Vale lembrar que muitos evangelhos existiram, mas apenas os de Mateus, Marcos, Lucas e João foram considerados de inspiração divina. Embora os 27 livros do Novo Testamento tenham sido concluídos em menos de 100 anos – eis que o Apocalipse, o último, foi escrito mais ou menos no ano 96 d.C. -, somente foram definitivamente reconhecidos como canônicos no III Concílio de Cartago, em 397 d.C. Tal fato denota que houve um longo debate e longa meditação para que tais livros fossem aceitos como inspirados.
Em todo o processo de canonicidade houve a direção do Espírito Santo. O mesmo Espírito que fez com que os discípulos se lembrassem de tudo o que o Senhor Jesus ensinou, foi o mesmo que guiou os escritores sacros em toda a verdade (Jo 14.26; 16.13). Sob a direção desse Espírito, Pedro revelou que “a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21; cf. 2 Tm 3.16-17).
Somente com esses argumentos, já é possível considerar apócrifo e espúrio o noticiado “Evangelho de Judas”. O Espírito de Deus se esqueceu desse manuscrito? Não se esqueceu. A história secular diz que o manuscrito existiu, mas foi considerado herético. O Espírito Santo não permitiu que tal evangelho fizesse parte do cânon do Novo Testamento.
Vejamos agora o que dizem os livros canônicos e principalmente a palavra do Senhor Jesus a respeito de Judas Iscariotes e de sua traição.
Jesus disse na presença dos Doze que Judas Iscariotes era um adversário: “Um de vós é um diabo” (Jo 6.70), isto é, desde cedo Judas sofreu influências malignas. Estava no meio dos Doze, mas era um adversário, um anticristo. Esperava o momento oportuno para mostrar sua verdadeira identidade. O apóstolo João diz com clareza que a vontade de trair o Mestre foi colocada pelo diabo no coração de Judas (Jo 13.2).
Se Jesus houvesse permitido que Judas O traísse, iria se manifestar desse modo na frente dos Doze? Agindo assim não estaria se arriscando a ser desmascarado pelo traidor? Ora, Judas poderia ter dito: “Como sou diabo se o Senhor mesmo me pediu para que o traísse?”. Judas não foi influenciado por Jesus. A sua traição não foi para atender a um pedido do Mestre. Na verdade, como diz o apóstolo, foi o próprio diabo que entrou no seu coração e o transformou num traidor. Muitos dos mais ferrenhos inimigos da cruz reconhecem que Jesus não era de meias verdades. O Espiritismo, por exemplo, reconhece que Ele veio nos ensinar uma elevada moral. Ele jamais iria fazer algum tipo de acordo particular com Judas, sem o conhecimento dos demais. O conluio não fazia parte do Seu caráter.
Ademais, se Judas estava simplesmente cumprindo uma recomendação do Mestre, como poderia ser chamado de traidor? Se Judas iria livrar Jesus do seu invólucro carnal, deveria ter sido chamado de libertador. O Verbo encarnado não era um hipócrita para agir desse modo. Durante a última ceia Jesus identificou o traidor: “O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair. Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído. Bom seria para esse homem se não houvera nascido. E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste” (Mt 26.23-25).
Vejam que Judas não ia trair; ele já vinha traindo; já houvera iniciado as conversas com “os príncipes dos sacerdotes”; a traição já se estabelecera no seu coração. Esperava apenas o momento de colocar em prática aquilo que já estava decidido. Por isso a Bíblia fala “o que o traía”.
Diante das duras palavras de Jesus, chamando-o de traidor e ameaçando-o com enormes castigos, Judas não se indignou nem revidou. Saiu e foi receber as trinta moedas da traição. Judas teve a oportunidade de dizer que apenas cumpriria a missão que lhe fora confiada pelo traído. Que juízo podemos fazer de uma pessoa que pede para ser traído e ao mesmo tempo ameaça o traidor? Nesse caso Judas é quem teria sido traído por Jesus. Tal situação é inconcebível.
Na verdade, se Judas Iscariotes atendeu a um pedido do Mestre, não podemos usar a palavra “traição”. Judas não seria traidor em potencial. Vejam como foi o seu fim:
“Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” (Mt 27.3-5).
Convenhamos, essa não é atitude de quem está apenas cumprindo um acordo. O sentimento para quem cumpre uma missão é de alegria, de dever cumprido, de consciência limpa. Nada disso aconteceu. Judas declara haver traído “sangue inocente”.
Com base na pequena amostra do que já foi publicado, podemos dizer que o tal Evangelho de Judas é um documento espúrio, que não abala as estruturas do Cristianismo, nem coloca dúvida em qualquer parte das Escrituras Sagradas, a inerrante Palavra de Deus.
Fonte:
http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=2281

sexta-feira, 28 de junho de 2013

GRATIDÃO



“Onde Deus se torna doador, o homem se torna devedor”

O homem por detrás do balcão olhava para a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Os olhos da cor do céu brilharam quando viram determinado objeto. A menina entrou na loja e pediu para ver o colar azul-turquesa.

— É para a minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito? — disse ela.

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:

— Quanto de dinheiro você tem?

Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e, feliz, disse:

— Isso dá?

Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

— Sabe, quero dar este presente para a minha irmã mais velha. Desde que a nossa mãe morreu, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É aniversario dela e tenho certeza que ficará feliz com o colar que é da cor de seus olhos. O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.

— Tome! Leve com cuidado — disse para a garota.

Ela saiu feliz saltitando rua abaixo. Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:

— Este colar foi comprado aqui?

— Sim, senhora.

— E quanto custou?

— Ah, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente — falou o dono da loja.

A moça continuou:

— Mas a minha irmã tinha somente algumas moedas! O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem.

— Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. ELA DEU TUDO O QUE TINHA.

O silêncio encheu a pequena loja e duas lágrimas rolaram pela face emocionada da jovem, enquanto suas mãos tomavam o pequeno embrulho.

A verdadeira doação é se entregar por inteiro, sem restrições. A gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura. Por isso, sejamos sempre gratos, mas não esperemos pelo reconhecimento de ninguém. A gratidão com amor não apenas aquece quem recebe, mas também reconforta quem oferece.

A INVASÃO DO ORIENTE




Por Eguinaldo Helio

“... porque se encherem dos costumes do Oriente...” (Is 2.6)

O que seria de Portugal e da arte de navegação sem a bússola? Talvez estivesse ainda nas primeiras remadas e o mundo muito menos explorado e desenvolvido que hoje.

O que seria da arte e da escrita sem o papel? Talvez profunda, em termos de conteúdo, mas restrita em sua divulgação.

O que seria das guerras sem a pólvora? Difícil dizer.

Todas estas invenções, no entanto, viajaram do Oriente ao Ocidente, e vice-versa, e transformaram o mundo.

Todavia, o Oriente sempre foi avesso a intercâmbios com outros povos. É fácil notar isso na forma reservada com que os imigrantes japoneses, chineses e coreanos se relacionam com as outras pessoas aqui no Brasil.

Mas, de uns tempos para cá, este quadro vem mudando radicalmente. Não só o Ocidente parece querer absorver, com avidez e sem qualquer critério, tudo o que vem do extremo leste, como também os próprios orientais divulgam suas filosofias e conceitos religiosos com uma dedicação quase missionária.

Em 1935, o historiador Will Durant já havia detectado este fenômeno: “Em nossos tempos, a Europa recorre cada vez mais à filosofia do Oriente (alguns exemplos são: Bergson, Keyserling, Ciência Cristã, Teosofia). Por outro lado, o Oriente recorre cada vez mais à ciência do Ocidente. Uma Segunda Guerra Mundial pode deixar a Europa aberta ao influxo da fé e filosofias orientais...”.1 E, de fato, isto aconteceu.

Aspectos filosóficos e religiosos

O Ocidente tem sido invadido maciçamente por idéias filosóficas e religiosas importadas do Extremo Oriente, lembrando que, ali, a linha divisória entre filosofia e religião é muito tênue. Mesmo quando negam a religiosidade de suas práticas, os mestres da ioga e da meditação oriental, entre outras, não conseguem esconder o elemento religioso por trás delas.

Shotaro Shimada, professor de ioga há quase 50 anos, afirmou: “Ioga não é exercício, não é religião nem psicologia, porém, ao mesmo tempo, abrange tudo isto”. Depois prossegue em uma afirmação contraditória: “Ioga é a transformação da maneira de ser para o indivíduo entrar em sintonia com a natureza e com Deus”. Em nosso conceito, isto é religião. O difícil é saber o que ele quer dizer com Deus, se é o Pai do Jesus Cristo pregado pelo cristianismo ou um deus impessoal do Oriente.

A medicina é um claro exemplo. Algumas medicinas alternativas, por exemplo, têm sido aceitas até mesmo por certas entidades médicas, embora os conceitos por trás delas apresentem elementos totalmente estranhos à ciência ocidental. Fundamenta-se em conceitos que não podem ser constatados empiricamente, pois derivam de noções místicas e não científicas.

Também o Feng Shui, uma antiga arte chinesa de criar ambientes harmoniosos, oferecendo, dessa forma, um sistema completo ligado intimamente à natureza e ao Cósmico, vem sendo cada vez mais procurado, tanto para aplicações domésticas como para aplicações empresariais. Originou-se há cerca de 5000 anos, nas planícies agrícolas da China Antiga. A tradução literal do termo Feng Shui é “vento-água”. Mas, para os chineses, significa muito mais que isso. Acreditam que essa arte é como o vento, que não se pode entender, e como a água, que não se pode agarrar. Vemos, assim, a estranha aliança entre o pensa-mento ocidental, sempre tão lógico e objetivo, com o oriental, que, neste caso, se apresenta místico e subjetivo.

Outra vertente em que estes elementos podem ser destacados é a prática de esportes. Algumas artes marciais difundidas hoje adquirem contornos particulares aqui, diferenciando-se de seus conceitos místicos originais, porém, convém lembrar que nem mesmo as atividades físicas praticadas no Oriente eram dissociadas de sua visão da vida.

Não existe esta clara distinção entre vida secular e religiosa. Sem generalizar, estas práticas esportivas envolvem, mu-tas vezes, ritos e crenças.

Chacras, krishna, do-in, medição transcedental, incensos, saris, ioga, ofurô, yin e yang, mantra, avatar, etc. Estas são algumas palavras que, pouco a pouco, passam a fazer parte do cotidiano do Ocidente e caracterizam a influência espiritual que países como a Índia, China, Japão, etc, têm exercido sobre a nossa cultura. Muitas práticas orientais não se constituem em uma religião propriamente dita, mas envolvem conceitos religiosos. “Ser um com o Universo”, por exemplo, nada tem a ver com “nossa comunhão com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo” (1Jo 1.3). A primeira admite um universo monista, no qual Deus é tudo e tudo é Deus, ressaltando que Deus, para um chinês, por exemplo, não é o mesmo que Deus para um judeu.

As religiões orientais e a nova era

Os elementos cristãos nos ensinos correntes da Nova Era nada mais são do que uma forma de maquiar seus verdadeiros fundamentos, para que ser tornem mais aceitáveis ao pensamento ocidental. Uma espiritualidade que não inclua Jesus Cris-to, não inclua a fé ou os evangelhos, de algum modo será automaticamente olhada com desconfiança.

Mas estes conceitos são enfraquecidos por noções estranhas. Os adeptos da Nova Era afirmam que Jesus esteve, dos doze aos trinta anos, entre os sábios da Índia e do Tibete. Com isso, transformam Jesus em um guru oriental, ao invés de um Messias judaico. A fé é apenas fé, mas não uma fé em Cristo ou nos evangelhos. Não é uma fé objetiva, ligada aos fatos, porque a religião oriental é bastante relativista e intimista; ou seja, está mais ligada ao que cada um pode perceber do que aos fatos propriamente ditos. A revelação cristã, contida em suas Escrituras, é colocada em pé de igualdade com os livros sagrados das demais religiões. Se há alguma dose de cristianismo na Nova Era, certamente trata-se de um cristianismo segundo a visão oriental.

Os verdadeiros fundamentos deste movimento estão relacionados à religião oriental. Os verdadeiros critérios que regem sua espiritualidade e concepção do mundo e da vida se encontram no hinduísmo, no budismo e no taoísmo. A reencarnação, a doutrina do carma, o yin e o yang, a vinda de Maytréia, a meditação ao estilo hinduísta, etc., são elementos religiosos orientais. Embora outros elementos se acrescentem à Nova Era, como, por exemplo, a crença em discos voadores ou em figuras da mitologia nórdica ou animista, as principais bases são exatamente estas que acabamos de referir.

Não se pode dizer que esteja sendo realizada uma fusão entre o cristianismo e as religiões orientais. Na fusão não ocorre perda de valores e de conceitos. Podem ser agregadas certas noções, mas os fundamentos não se alteram. O cristianismo fez uma fusão com a filosofia grega em certos aspectos, mas continuou com os seus fundamentos. Tudo o que não se harmonizava com o cristianismo foi rejeitado.

É impossível haver uma fusão entre o cristianismo e as religiões orientais porque ambos são auto-excludentes. O Deus do cristianismo é transcendente à sua criação; ou seja, está além dela. Nas religiões orientais, Deus e natureza, criação e Criador se confundem, sendo um só. A salvação no cristianismo é um evento único, realizado de uma única vez, por meio da posse das promessas da graça pela fé. No Oriente, a salvação é um processo longo, que pode levar milhares de anos, realizado pelo auto-esforço. O cristianismo prega a ressurreição, que fundamenta uma única existência para cada ser. No hinduísmo, a reencarnação estabelece múltiplas existências da alma em diferentes corpos.

Devido a isso, nenhuma fusão é possível, e também não foi levada a efeito. Os elementos cristãos permanecem à margem dos fundamentos gerais e, mesmo assim, são distorcidos, para que possam ser adaptados às noções hindus e budistas.

Ainda deve ser levado em conta que a síntese é cultural e não religiosa em seus aspectos. Claro que, culturalmente, o cristianismo assume certos aspectos locais, quando floresce no seio de nações orientais. No norte da Índia, ou na China, ou mesmo na Coréia do Sul, o cristianismo evangélico floresce e apresenta contornos de acordo com sua localização, mas continua mantendo os mesmos fundamentos do cristianismo em geral, de modo que pode ser identificado e comparado com o cristianismo evangélico de qualquer outra parte do mundo. Não é o caso do cristianismo da Nova Era, que não passa de uma mistura do budismo, do taoísmo e do hinduísmo, mas de forma disfarçada.

O caráter exclusivista do cristianismo

O cristianismo bíblico é exclusivista em sua natureza, o que significa que não aceita sincretismos e misturas. Quando isso acontece, perde sua essência e deixa de ser cristianismo. Veja que o catolicismo apresenta, tanto na América do Sul como na Central, alto grau de sincretismo com as religiões pré-colombianas e africanas. A maioria dos elementos dessas religiões foi adaptada ao cristianismo.

No caso do protestantismo, houve aculturação ou síntese cultural, mas não sincretismo. A fundamentação bíblica do cristianismo evangélico impede que elementos não-cristãos venham se sobrepor aos conceitos revelados nas Escrituras Sagradas. Por isso, jamais as religiões orientais poderão reformular o cristianismo.

Podem até distorcê-lo, mas, neste caso, deixará de ser cristianismo.

A seguir, alguns fatores que atestam o caráter exclusivista do cristianismo:

Jesus é único

Primeiramente, Jesus é a pedra angular e o alicerce do edifício cristão. Isto significa que é impossível um cristianismo verdadeiro sem um Cristo verdadeiro. E um Cris-to verdadeiro só pode ser extraído dos documentos do Novo Testamento.

• “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12).
• “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).
• “... mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cris-to” (1Co 3.10,11).

A fé cristã se fundamenta em fatos

Em segundo lugar, a fé cristã se apóia em fatos. É uma fé histórica. Não está fundamentada em experiências particulares e subjetivas. As religiões orientais, ao contrário, fundamentam-se na experiência individual. Cremos que a nossa salvação se fez efetiva porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, tornou-se homem, viveu neste mundo, morreu pelos nossos pecados na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus. Estes são os principais eventos nos quais se apóiam a nossa fé e a nossa esperança.

• “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio” (Lc 1.1-3).
• “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1Co 15.14).
• “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2Pe 1.16).
As religiões orientais não fazem distinção entre fatos e lendas. Rama e Krishna, deuses importantes do panteão hindu, tiveram suas vidas narradas entre os homens, embora não haja nenhuma fundamentação histórica para isso. E, dentro do conceito hindu sobre verdade religiosa, isso não faz nenhuma diferença. O mesmo se dá com as lendas em torno da pessoa de Sidarta Gautama, o Buda. História e lenda se misturam sem que isso faça qualquer diferença para os conceitos budistas. Da mesma forma, o taoísmo introduziu diversas lendas populares no seu desenvolvimento histórico sem qualquer constrangimento. Essa gritante diferença de visão de mundo, da história e dos objetos da fé torna impraticável qualquer associação entre as religiões orientais e o cristianismo.

A Bíblia é única

O último ponto que desejamos ressaltar é a singularidade da Bíblia Sagrada. Ela é taxativa em defender sua inspiração e em recusar alterações posteriores. Coloca-se como único instrumento de revelação escrita à humanidade.

• “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nadaacrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado menti-roso” (Pv 30.5,6).
• “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Is 8.20).
• “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).
• “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1).
• “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Ap 22.18,19).

Não existe lugar no cristianismo para concordância com os diversos livros sagrados das mais variadas religiões e seitas. Duas afirmações contraditórias não podem estar certas, ao mesmo tempo. As proposições bíblicas se chocam com as proposições dos livros sagrados das religiões orientais. Se para as religiões de origem oriental isso não faz diferença, para o pensamento cristão sim. A Bíblia, por sua inspiração, é o único livro que merece ser considerado a Palavra de Deus!

Separando o joio do trigo

Claro que não podemos nos tornar xenófobos2, temendo e discriminando tudo o que vem do Oriente. O intercâmbio entre o Leste e o Oeste é útil, inevitável e necessário. Mas temos de ser total-mente conscientes do conteúdo daquilo com o que estamos travando contato. É como um filme ou um livro. Teremos de assisti-lo ou lê-lo, mas cabe entender como o seu conteúdo está atingindo nossa maneira de ver e de pensar. A melhor solução não é o ascetismo, o isola-mento, mas o discernimento que vem com o conhecimento e a reflexão: “Examinai tudo. Retende o bem” (1Ts 5.21).

Nem tudo o que é do Oriente é mau, assim como nem tudo o que é do Ocidente é bom. Mas tudo o que vem da Palavra é bom e ela deve ser a nossa “peneira”, com a qual distinguiremos a verdade da mentira. A tolerância é sempre uma faca de dois gumes. Quando ausente, leva o homem a conflitos desnecessários. Quando excessiva, leva-o a perder a identidade. E perder a identidade é algo que a Igreja de Jesus Cristo não se pode permitir, de forma alguma.

Notas:

1 História da civilização,nossa herança Oriental , Will Durant,Record,1935/63,p.373.
2 Aversão a pessoas e coisas estrangeiras.

A CREMAÇÃO É UMA PRÁTICA CRISTÃ OU PAGÃ?



Por NATANEL RINALDI

Freqüentemente somos interrogados se a Bíblia apóia ou não a pratica da cremação de corpos. Em seguida, ouvimos o seguinte: “Isso não impediria a denominada ressurreição dos mortos, que constitui a esperança dos cristãos?”.

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).

De inicio podemos dizer que jamais alguém poderia afirmar que a cremação irá impedir a ressurreição dos corpos dos cristãos. Um exemplo da história é o caso dos cristãos mortos em fogueiras como primórdios do cristianismo, quando o imperador Nero, o responsável pelo incêndio, acusou os servos de Deus de terem cometido tal crueldade na cidade de Roma. Na ocasião, os cristãos presos em estacas tiveram seus corpos betumados, morrendo carbonizados.

O QUE NOS DIZ A HISTORIA

Os cristãos primitivos, com grande êxito, proclamavam o evangelho de Jesus Cristo e, como parte da pregação, anunciavam a ressurreição de Jesus e deles próprios ( l Co l5.3-6,14-17,51-55). Isso incomodava os pagãos contemporâneos desses cristãos. Assim, levantou-se entre eles a idéia de que destruindo a crença na ressurreição anulariam a esperança dos cristãos na ressurreição. Entre eles, então, começou o costume de cremar os corpos.

A primeira tentativa nos tempos modernos para anular a fé dos cristãos na ressurreição dos corpos foi adotar a prática da cremação. Tal medida foi tomada durante a revolução francesa, pelo Diretório Francês, no quinto ano da República, a fim de desmoralizar a crença dos cristãos na ressurreição dos mortos.

RESPEITO COM OS MORTOS

Era prática dos judeus enterrar os seus mortos na terra ou em túmulos de pedra: "E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado" (Gn 15.15). “E depois sepultou Abraão a Sara sua mulher na cova do campo de Macpela, em frente de Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã. Assim o campo e a cova que nele estava se confirmou a Abraão em possessão de sepultura pelos filhos de Hete” (Gn 23.19-20.

Não era costume dos judeus cremar os corpos e olharam para essa prática com horror: "Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Moabe, e por quatro, não retirarei o castigo, porque queimou os ossos do rei de Edom, até os tomar em cal" (Am 2.1).

A cremação só era prescrita, como castigo, em certos casos flagrantes de imoralidade. "E será que aquele que for tomado com o anátema será queimado a fogo, ele e tudo quanto tiver, porquanto transgrediu a aliança do Senhor, e fez uma loucura em Israel" (Js 7.15).

O CORPO DO CRISTÃO

Os cristãos seguiram o exemplo dos judeus no que concerne ao respeito pelos mortos. Aceitavam o ensino de que o corpo do cristão é o templo do Espírito Santo e, como tal, deveria ser respeitosamente sepultado: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3.16). "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" ( l Co 6.19 ).

Os cristãos primitivos procuravam sepultar os seus mortos num mesmo lugar, dando a esse lugar o título de cemitério, cujo significado é dormitório. Os corpos dos santos dormiam (Mt 27.52) e todos, mortos nessa esperança, aguardavam a volta de Cristo, quando, então, juntos, iriam ressuscitar: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória" (l Co 15.51-55).

Nos dias atuais, aqueles que geralmente pedem em vida para terem seus corpos cremados são pessoas revoltadas contra Deus. Manifestam, desse modo, insatisfação com essa figura medonha que é a morte, e concluem que, através da morte, tudo se acaba. Vivem dentro do conceito pagão sustentado, já nos dias de Paulo, pelos filósofos pagãos: "Comamos e bebamos, que amanhã morreremos" (1 Co 15.32). Para os tais que assim pensam, a morte é o fim de tudo, o corpo é apenas o pó da terra e o espírito não passa do fôlego que respiramos e que se reintegra ao ar atmosférico. Assim, o seu protesto diante desse modo de pensar é pedir que seus corpos sejam cremados. Apenas uma pequena exceção aceita a cremação fora desse conceito de transitoriedade do ser humano.

Jesus afirmou a ressurreição universal dos corpos, dizendo: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação" (Jo 5.28-29). "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap 20.12).

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Os 7 pecados capitais do deputado Marco Feliciano


Muitas pessoas me perguntam por que o deputado Marco Feliciano é tão odiado pela grande mídia. Creio que há várias razões para isso, mas, para ser sucinto e objetivo, citarei apenas sete pecados capitais que esse parlamentar cometeu.

1. Feliciano foi eleito com "apenas" 212 mil votos, quase duzentos mil a mais que seu maior opositor 
— não me pergunte o nome dele.

2. Ele é evangélico; não é gay; não é simpatizante do movimento LGBT; e, para piorar, é defensor do modelo tradicional de família — essas características o transformam em um fundamentalista religioso, segundo a grande mídia.

3. Nunca participou do Big Brother Brasil
.

4. Declarou-se contrário às propostas defendidas por um certo deputado BBBrasileiro com nome de carro antigo — não me pergunte o nome dele.

5. Aceitou ser indicado e eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados 
— Feliciano foi nomeado sabendo que não tinha os requisitos fundamentais para ocupar esse cargo: apoiar, sem nenhuma restrição, o aborto e qualquer proposta favorável ao ativismo gay.

6. Conseguiu cometer um crime "gravíssimo" — que não existe no Brasil —, o de emitir opinião.

7. Foi um dos mais de quatrocentos deputados que votaram contra a PEC 37.

Ciro Sanches Zibordi

Lição 13 – Eu e minha casa serviremos ao Senhor




 Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos
Título: A Família Cristã no século XXI — Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Elaboração e pesquisa para a Escola Dominical da Igreja de Cristo no Brasil, Campina Grande-PB;
Postagem no Blog AUXÍLIO AO MESTRE: Francisco A Barbosa.

Lição 13 – Eu e minha casa serviremos ao Senhor
30 de junho de 2013

TEXTO ÁUREO
“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15).  Josué não chamou as pessoas para elas mesmas escolherem, pois acreditava que havia duas opções da perspectiva de Deus. Ao fazê-lo, ele tinha a oportunidade de afirmar sua própria lealdade a Deus e estimular uma resposta semelhante do povo.

VERDADE PRÁTICA
Com a graça de Deus, a família cristã vencerá os desafios da vida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Josué 24.14-18,22,24.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·         Conhecer o exemplo de Noé.
·         Imitar a decisão de Josué.
·         Compreender a fidelidade dos recabitas.

PALAVRA-CHAVE
Casa: Lar, Família; (latim casa, -ae, cabana, casebre) 1. Nome genérico de todas as construções destinadas a habitação. 2. Local de habitação. = DOMICÍLIO, LAR, MORADA, RESIDÊNCIA. 3. Conjunto de pessoas da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.
COMENTÁRIO

introdução

Pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo concluímos mais este trimestre, não mais abençoado que os outros, mas, acredito, mais oportuno, dado as dificuldades que atravessamos nestes dias onde a instituição familiar tem sido tão atacada, desencorajada e destituída de sua importância para a ordem social. Tivemos a oportunidade de estudar, claro que sem esgotar o assunto, sobre temas cruciais e aprendermos que somente cresceremos em santidade através do conhecimento e aplicação da Palavra de Deus. Concluímos que não basta apenas conhecer a Palavra de Deus. Precisamos conhecer muito bem a Palavra de Deus para aplicá-la em situações da vida. Deus promete que a fidelidade à sua Palavra resultará em uma vida prospera e de sucesso. Somente a fidelidade à Palavra de Deus nos garantirá a vitória para que a nossa casa não seja alcançada pelas águas do dilúvio moral que encobre o presente século. Digamos, pois, ousadamente: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!

I. O EXEMPLO DECISIVO E CORAJOSO DE NOÉ
1. Noé andou com Deus. Gostaria de esclarecer que a graça de Deus é sempre seu favor imerecido, e a integridade de Noé não poderia ser o motivo da aceitação de Deus (Rm 3.10-12). Deus salvou Noé, como ele nos salva, como um dom incondicional, o qual Cristo mais tarde compraria com seu próprio sangue. Ainda assim, Noé parece ser um tipo de Cristo, assim como Noé representou sua família, Cristo representa toda a família de Deus. “varão justo”, “reto em suas gerações” e que “andava com Deus” (Gn 6.9): não que Noé nunca houvesse pecado, porém a sua devoção a Deus e a sues mandamentos eram inquestionáveis. O termo “justo” pressupõe uma aliança na qual aqueles que estão unidos ao Senhor pela fé seguem seus padrões morais. Estes padrões foram revelados a Noé na sua consciência (Gn 3.8) e mediante a revelação especial (Gn 5.22).
2. Vivendo numa sociedade corrompida. Os capítulos 4 a 12 de Gênesis revelam a queda do ser humano na degradação e sua absoluta necessidade por redenção e restauração. A degeneração da raça humana avançou rapidamente depois que os filhos de Deus (segundo a melhor interpretação, a geração setista) tomaram esposas da ímpia descendência Caimita, até que veio a geração de Noé, que foi marcada por extrema violência, mais precisamente por um estado de ausência de lei e de ordem. Nesse sentido, aquele mundo não era muito diferente do nosso. Em um período de indiferença e negligência, o Senhor aparecerá repentinamente. Alguns serão levados ao seu encontro, enquanto outros não. A ideia desse acontecimento estimula a vigilância e o preparo em nós (Mt 24.37,39). Portanto, enquanto esperamos o retorno do Senhor, devemos ter fé e sermos responsáveis em nosso serviço em prol de nossas famílias, a fim de que Satanás não as destrua.
3. A salvação de Noé e sua família. No mundo antigo, apenas Noé e a sua família escaparam do cataclismo que devastou a terra (Gn 7.1). “teus filhos... filhos” (Gn 6.18) enfatiza que Deus preserva a humanidade na sua estrutura familiar básica e que Deus geralmente lida salvificamente com toda a unidade familiar, incluindo os filhos. Aqui a salvação física é assegurada no meio das águas do dilúvio, uma prefiguração do batismo cristão (1Pe 3.20,21).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Noé andou com Deus mesmo numa sociedade corrompida. Sua decisão e coragem é um exemplo para nós.

II. JOSUÉ — UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de posição. Já perto do fim de sua vida, Josué liderou o povo de Israel em uma reafirmação da aliança, mais ou menos aquilo que Moisés fizera pouco antes de sua morte (Dt 32.46). Josué fala com a autoridade de Moisés (Dt 5.27) e de um profeta (Dt 18.15-19). No texto do capítulo 24, há uma certa ironia em oferecer uma espécie de escolha, depois que o Senhor fora rejeitado. Na verdade, a escolha foi entre os deuses que Abraão deixara para trás (v 2,3) e os deuses dos amorreus que tinham sido expulsos da Terra Prometida. Quase todo o relato de Josué é preenchido com a conquista e a divisão da terra pelos israelitas. Nesse sentido, isso é o assunto de que o livro trata. No entanto, encontramos um subtexto importante que precede essa atividade e continua ao longo dela. O povo fez isso porque prometeu temer e obedecer a Deus. Pergunto-me se você notou isso ao ler Josué ou se apenas seguiu as histórias extraordinárias de espiões e de queda de muros. No capítulo 1, eles prometeram obedecer a Josué, o porta-voz do Senhor (1.16-18). No capítulo 5, eles, depois de atravessar o Jordão, mas antes de ir para Jericó, começam de novo a praticar a circuncisão e a comemorar a Páscoa (5.7-10). Na época do Êxodo, quarenta anos atrás, o Senhor dera essas duas práticas ao seu povo, todavia, desde essa época tinham negligenciado essas práticas. O povo prometeu ter o Senhor como seu Deus ao reinstituir essas práticas. Em certo sentido, eles voltavam a ser o povo do Senhor após o período de quarenta anos no deserto, quando viveram em um estado de verdadeira suspensão do entusiasmo. A seguir, no capítulo 8, o povo escuta Josué reler toda a lei de Moisés (8.34,35) após a derrota de Jericó e de Ai que marcou o início da conquista da terra. Esse tempo incrível de ensino — é um símbolo poderoso de que, na verdade, eles são o povo do Senhor (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).
2. O perigo da omissão dos pais. No final do livro, no registro de seus últimos atos públicos como líder deles, Josué leva o povo a renovar sua aliança com o Senhor. No que é uma das mais incomuns declarações da Bíblia, Josué soa como se incitasse o povo a não escolher seguir ao Senhor. Claro que não é esse o caso, ele tenta garantir que entendam a seriedade da escolha que estavam para fazer. [...] Os anos (ou mesmo décadas) narrados nesse livro, mostra-nos que é exatamente isso que o povo faz. Ele mantém sua promessa de servir ao Senhor como o Deus deles. Entretanto, ao mesmo tempo em que fazem isso, eles continuam a pecar” (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
O patriarca Josué não se omitiu diante da idolatria que ameaçara as tribos israelitas. Ele tomou uma firme decisão juntamente com a sua família: servir ao Senhor.

III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
1. Uma família exemplar. Primeiramente, vamos entender a origem dos recabitas: o fundador deste clã foi Jonadabe, filho de Recabe, mais de 200 anos antes de Jeremias. Vivendo em Israel, Jonadabe participou com Jeú do extermínio da casa de Acabe e dos sacerdotes de Baal, conforme 2 Reis 10.15ss – Jonadabe identificou-se com aquele que zelava pelo Senhor e por fazer cumprir as palavras proféticas contra a casa de Acabe. Assim, os recabitas constituíam uma família israelita que vivia de forma nômade, seguindo as recomendações que seu patriarca estabelecera. Jonadabe, um líder de excelência, que ainda influenciava seu povo depois de 200 anos de sua morte! O Senhor mandou fazer este teste aos recabitas, chamando-os no templo e servindo a eles vinho. O verso 3 descreve que toda a comunidade dos recabitas estava presente à convocação. Seguindo as ordens de Deus, Jeremias serviu jarras de vinho e copos numa mesa e mandou que os recabitas se servissem (v. 5). A resposta dos discípulos de Recabe está no verso 6: nossa vida é pautada pelas recomendações que aprendemos com nosso antepassado Jonadabe. Eles prezavam por cumprir o modelo de vida ensinado pelo seu líder (vs. 6 a 11). A intenção de Deus com aquele teste foi confrontar os demais judeus com o exemplo dos recabitas – v. 16 Os descendentes de Jonadabe, filho de Recabe, cumprem a ordem que o seu antepassado lhes deu, mas este povo não me obedece. Este é o nosso desafio como líderes, influenciar nossos discípulos a seguirem o modelo de vida que recebemos do nosso Senhor. As ordens de Jonadabe visavam que os Recabitas vivessem como peregrinos, forasteiros. Um peregrino é alguém que não cria raízes em lugar algum, mas que está sempre desprendido para locomover-se por caminhos novos. O Novo Testamento ensina que somos peregrinos nesta terra: Todos eles viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-no de longe e de longe o saudaram, reconhecendo que era estrangeiros e peregrinos na terra. (Hb 11.13); Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. (Hb 13.14).
2. Um exemplo de fidelidade. O voto feito por Jonadabe, filho de Recabe, dedica seus descendentes a uma vida nômade, com alojamentos sem permanência e abstinência de vinho. Essa vida foi uma dedicação voluntária não exigida pela lei mosaica (Dt 6. 10-11; 7.13). Jeremias estava no templo, quando, dirigido por Deus, usa os Recabitas de exemplo para doutrinar os rebeldes de Jerusalém e Judá. Não era próprio dos Recabitas morarem na cidade. Estavam em Jerusalém, fugindo dos exércitos Sírio e Caldeu. Eles sempre se justificavam perante o povo, pois, por muito tempo habitaram em tendas no deserto. Acredito que a cidade era muito mais tentadora para eles: Vinho a vontade, casas confortáveis, convites generosos, porém, nada disso era suficiente para fazê-los desistir do seu voto.Deviam ser chamados de tolos, fanáticos ou coisas do gênero. Deus, no entanto se agradara deles pela obediência e persistência no bem. “As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas, pois não beberem até este dia, antes obedeceram ao mandamento de seu pai, a mim, porém, que vos tenho falado, madrugando e falando, não me ouvistes... Tenho enviado profetas, dizendo convertei-vos, porém não me obedecestes” Jr. 35-14,15”. Por conta da fidelidade dos descendentes de Recabe, o Senhor decretou uma bênção para sua linhagem: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vocês têm obedecido àquilo que o seu antepassado, Jonadabe, ordenou; têm cumprido todas as suas instruções e têm feito tudo o que ele ordenou. Por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Jamais faltará a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva. (vs. 18,19). De igual modo há bênção para o discípulo que aprende a honrar e que é fiel em guardar os ensinamentos que recebe.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os recabitas são um exemplo de fidelidade aos princípios ensinados pelo seu ancestral, Recabe.

CONCLUSÃO

Tivemos nesta última aula do trimestre, três exemplos dignos de fé firme e coragem. Oxalá tenhamos nós o mesmo desprendimento, fé, coragem e comprometimento. Quantos de nós segue fielmente o seu time de futebol, seu cantor preferido, seu grupo de amigos, e relegam a obra do Reino a segundo plano! Estamos nos dedicando zelosamente pelas empresas onde trabalhamos, pelos ideais almejados... em detrimento de um relacionamento mais firme com Deus. Deus quer que tenhamos uma vida abundante com: diversão, amigos, trabalhos, bens, família e sobretudo não esqueçamos de ter comunhão com Ele (Lc 12.20,21).
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

Graça e Paz a todos que estão em Cristo!

Francisco de Assis Barbosa